terça-feira, 5 de outubro de 2010

Comemoração aos 50 anos do G.R. Cacique de Ramos !!!

          Fala galera do Levado pro Samba. Semana passada , no dia 27 de setembro,aconteceu a reinauguração de um dos grandes templos do samba brasileiro. Hoje nós vamos falar de CACIQUE DE RAMOS.

          O Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, originário do subúrbio carioca do bairro de Ramos, zona da Leopoldina, foi fundado em 1961 por três famílias. Família Felix do Nascimento(Bira, Ubirany e Ubiraci), Família Oliveira (Walter, Chiquita, Sereno,Alomar,Jorginho e Mauro) e Família Espírito Santo (Aymoré e Conceição).

          Em 2010 o grêmio recreativo iniciou as suas comemorações de 50 anos de existência, que serão completados em 2011, e ganhou da Prefeitura do Rio de Janeiro uma reforma total na quadra e ainda o título de Patrimônio Cultural do Estado. Um belo e merecido presente!

          No início da década de 70 e parte da década de 80, o "Pagode da Tamarineira", realizado nas quartas-feiras na quadra do bloco, reunia diversos compositores e intérpretes, tais como Jorge Aragão, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Marquinhos Satã, Luiz Carlos da Vila, Arlindo Cruz, Sombrinha, Sombra, Jovelina Pérola Negra, Neguinho da Flor, Adilson Victor, Carlos Sapato e, na época, ainda crianças levadas pelos pais, Andrezinho do Molejo (filho de mestre André), Dudu Nobre (filho de João e Anita), Waguinho, Anderson do Molejo, que fugia de casa aos sete anos para assistir aos ensaios do bloco.

          Outra característica do grupo, que frequentava as rodas de samba da Tamarineira, foi a criação de novos instrumentos, entre eles o "Tantã", por Sereno; o "banjo com braço de cavaquinho", por Almir Guineto e o "repique de mão", por Ubirany.

          No final dos anos 70, Beth Carvalho foi levada à quadra por Alcyr Portela, na época presidente do Vasco da Gama ao “Pagode da Tamarineira” e logo gravou musicas dos compositores que freqüentavam o local. A cantora virou madrinha do bloco e do grupo Fundo de Quintal, composto por alguns desses compositores. Em sua primeira formação, o grupo era composto por Jorge Aragão, Almir Guineto, Sereno, Neoci Dias, Bira Presidente, Ubirany e Sombrinha.
 
          O Cacique de Ramos hoje é um dos poucos blocos de carnaval a desfilar pelas ruas da Leopoldina (Ramos, Bonsucesso, Olaria e adjacências). Suas cores são preta e vermelha, resgatando a cultura indígena. Nos bons tempos o Cacique arrastava para a Praça Onze, Av.Presidente Vargas e Av. Rio Branco mais de 10 mil pessoas.

          Em 1962, o tema do desfile foi "Água na boca", samba de autoria de Agildo Mendes, que se tornou o hino do bloco. Outros temas foram "Arco e flecha" e "Querem me derrubar ", ambos de autoria de Chiquita; "Coisinha do pai", de Almir Guineto, Luíz Carlos e Jorge Aragão; "Vou festejar", de autoria de Jorge Aragão, Dida e Neoci Dias; "Chinelo novo", de João Nogueira e Niltinho Tristeza.

          Com relação à história do Grêmio Recreativo Cacique de Ramos, citado em várias dissertações de mestrados e teses de doutorado, segundo Bira Presidente: "Além de Zeca Pagodinho, Luiz Carlos da Vila, Arlindo Cruz, Beto Sem Braço e do Fundo de Quintal, por aqui passaram jogadores como Brito, Marco Antônio, Roberto Dinamite e Jairzinho. A Glória Maria (repórter da Rede Globo) foi a primeira princesa do Cacique e conseguiu seu primeiro emprego ao ir conosco ao Programa do Chacrinha. A Marina Montini, musa do Di Cavalcanti, também saiu do bloco. O Emílio Santiago começou a cantar na nossa quadra, às quartas-feiras. Ou seja, nenhuma entidade carnavalesca tem a nossa história".
 
          Fica aqui essa singela homenagem a esse marco na história do Samba brasileiro que é o Cacique de Ramos!!!




 
fonte: www.caciquederamos.com.br

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