terça-feira, 17 de agosto de 2010

O primeiro sambista a registrar um samba !!!

 
      Fala galera, essa semana nós recebemos de uma seguidora do Levado pro Samba um belo post onde a mesma dizia, sobre o pioneirismo de Donga ao registrar a canção Pelo Telefone, que é considerada o primeiro samba brasileiro registrado na Biblioteca Nacional.

     Bem, seguindo o conselho da nossa leitora e os passos do nosso saudoso Donga, o post dessa semana irá contar um pouquinho da história desse grande Compositor e Violinista.


 
          Ernesto Joaquim Maria dos Santos, o Donga, apelido carinhoso dado pela família e deixado de lado somente em um período de sua vida (1914) para que pudesse participar do Grupo Caxangá onde era conhecido como Zé Vicente.

          Foi das cordas do violão de Donga que nasceu o samba que conhecemos hoje, ele que conheceu o mesmo nas rodas de samba e candomblé que freqüentava, no Rio de Janeiro, junto das tias baianas cantadeiras, das festeiras e das mães de santo. Passou a infância entre ex-escravos e negros baianos e a prendeu o jongo, o afoxé e outras danças. Começou a tocar cavaquinho de ouvido, e passou para o violão nas aulas do grande Quincas Laranjeiras.

          Donga teve o privilegio de participar das reuniões na casa da lendária Tia Ciata junto de João da Baiana e Pixinguinha.

          Também fez parte de bandas de jazz, e em 1928 organizou com Pixinguinha a Orquestra Típica Donga-Pixinguinha, que fez importantes gravações para a Parlophon nos anos 20 e 30.

          Em 1917, gravou o primeiro disco de samba da história: "Pelo Telefone", registrado em nome de Donga e Mauro de Almeida -- mas suspeita-se que Mauro tenha feito apenas o registro por escrito. Em 1919 integrou o grupo os Batutas e viajou por toda Europa e da lá da França trouxe seu primeiro violão – banjo.

          Quase sempre ao lado de Pixinguinha seu grande companheiro musical, formou grandes bandas e uma Orquestra a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, que gravou para o selo Parlophon nos anos 20 e 30.

          Participou com nove composições do disco "Native Brazilian Music", gravado pelo maestro norte-americano Leopold Stokowski e organizado por Villa-Lobos, para o mercado externo, em 1940. A maior parte das músicas de Donga inseridas nessa antologia eram sambas, toadas, macumbas e lundus. No final dos anos 50 voltou a se apresentar com o grupo Velha Guarda, em shows organizados por Almirante.

          As criações mais conhecidas de Donga são "Passarinho Bateu Asas", "Bambo-Bamba", "Cantiga de Festa", "Macumba de Oxóssi", "Macumba de Iansã", "Seu Mané Luís" e "Ranchinho Desfeito". Viúvo em 1951, casou-se novamente em 1953 e morreu em 1974, no bairro de Aldeia Campista, no Rio, para onde se retirou como oficial de Justiça aposentado. Doente e quase cego, viveu seus últimos dias na Casa dos Artistas. Está sepultado no Cemitério de São João Batista.


          Fica aqui uma singela homenagem a esse ícone do nosso samba, e aguardem porque aqui O SAMBA NÃO PARA!!!!!!

Um comentário:

  1. POis é: a turma ficava lá na Tia Ciata tocando, cantando, no batuque, e o Donga teve o "feeling" de registrar a composição. Portanto, deu o primeiro passo no sentido da profissionalização do samba e do sambista.
    Outro q é preciso ser lembrado é a nossa "Voz do Morro", nosso saudoso Zé Keti.

    Fui. Daniele Muniz.

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